Inscrições Abertas para Oficina de Técnicas Circenses - MALABAREARTE

A Cia Acômica dando continuidade ao projeto "Cia Acômica de Portas Abertas para a Comunidade", abre inscrições para a oficina MALABAREARTE, ministrada pela Cia Circunstância.
 A oficina: As técnicas circenses são atividades tão antigas na história da humanidade quanto o próprio teatro e durante muitos anos estes conhecimentos ficaram resguardados apenas às famílias tradicionais do circo. Com o processo de globalização, a sociedade vem descobrindo dia após dia os benefícios que estas técnicas podem trazer para o ser humano como coordenação motora, equilíbrio, força, cumplicidade, confiança, controle do medo, socialização, percepção do tempo e do espaço entre tantas outras.
MALABAREARTE é uma atividade desenvolvida com o objetivo de proporcionar ao público em geral um contato direto com a pesquisa e a prática das artes circenses.

Dias: 04, 05, 07, 11, 12, 13 e 14 de Outubro
Horário: 19h00 ás 22h00
Local: Sede da Cia Acômica
Rua Curi, 706, São Geraldo


Incrições até o dia 01 de Outubro. PARA EFETUAR SUA INSCRIÇÃO CLIQUE AQUI

Maiores Informações: 3481 - 8524
        ciaacomica@uol.com.br


Programação do Ciclo de Reflexão: Arte e Comunidade - Fórum de Debates

* 17 de Setembro de 2010 (19h ás 22h)
Mesa Redonda: Boal e o teatro do Oprimido

19h Solenidade de Abertura
19h – Palestra: A trajetória de Augusto Boal e a criação do método do Teatro do Oprimido – Cecília Boal
20h – Palestra: A estética do Teatro do Oprimido: Apresentação Conceitual da Última Obra de Augusto Boal – Flávio Sanctum
21h – Debate
22h – Confraternização de Abertura

* 18 de Setembro de 2010 (09h ás 18h30)
Mesa redonda: Função das Políticas Públicas na Relação sociocultural e econômica

09h – Relato de experiências: Projeto Arena da Cultura – Fundação Municipal de Cultura/PBH – Sônia Augusto
09h30 – Relato de experiências: Plug Minas - Hannah Drumond
10h – Palestra: Economia solidária e iniciativas sociais – Fernanda de Lazari
11h – Relato de experiências: Pontos de Cultura/MinC - Cláudia Castro
12h – Debate

Mesa Redonda: Grupos artísticos, institutos de arte e seus relacionamentos socioculturais e formativos

14h – Teatro-fórum: Apresentação de resultados da Oficina de Introdução ao Teatro do Oprimido, ministrado pelo Nuno Arcanjo
15h – Palestra: O lugar teatral e a cidade de São Paulo – Apontamentos acerca da interferência do poder público na construção do território teatral na cidade de São Paulo- Prof. José Simões de Almeida Jr.
16h – Relato de experiências: ONG Corpo Cidadão – Fernanda Macruz
16h30 – Relato de experiências: Fundação Clovis Salgado – Eliane Parreiras
17h – Relatos de experiências: Grupo Teatro Kabana e o espaço Marzagão em Cena – Mauro Xavier
17h30 – Debate

* 19 de Setembro de 2010 (10h ás 16h30)
Mesa Redonda: Arte e transformação social – Estruturação e organização comunitária através da arte

10h – Relato de experiências: Grupo Cultural NUC – Renegado
10h30 – Palestra: Um olhar sobre as Conexões entre Arte, Cultura e Transformação nas Favelas de Belo Horizonte – Clarice Libânio
11h30 – Relato de experiências: Comunidade Alto Vera Cruz – Wellington Pedro
12h – Relato de experiências: Grupo Hip Hop do bairro Serra – Hudson “Ice Band” Carlos
12h30 – Almoço
13h30 – Relato de experiências: Família de Rua - Duelo de MCs – Leonardo Cezário
14h – Relato de experiências: Comunidade São Geraldo – Élcio Ribeiro
14h30 – Palestra: Povos e Comunidades Tradicionais: Desafio para as Políticas Públicas – Prof. Aderval Costa Filho
15h30 – Debate: Prof. Ricardo Carvalho
16h30– Confraternização de Encerramento


Faça sua inscrição gratuitamente.

Veja como chegar na Sede da Cia. Acômica
Rua Curi, 706
Bairro: São Geraldo - BH
(31) 3481.8524

Os transportes coletivos de acesso à Sede são: 9211, 9214 e 9411. O ponto de parada é o primeiro após a Avenida Silva Alvarenga, na Potomaio esquina com Curi. Descendo neste ponto de parada,  virar à direita na primeira esquina

Cia Acômica promove “Ciclo de Reflexão: Arte e Comunidade”


O projeto “Cia Acômica de Portas Abertas Para a Comunidade” oferece no próximo final de semana o fórum de discussões sobre o fenômeno social de projetos e programas que aproxima a arte da comunidade.


Para efetuar sua inscrição gratuitamente CLIQUE AQUI

A Cia. Acômica através do projeto de Portas Abertas para Comunidade promove entre o dia 17 e 19 de setembro o “Ciclo de Reflexões Arte e Comunidade – Fórum de Debates”

Por meio de palestras, mesas redondas, relatos e discussões, o evento pretende analisar, questionar e refletir sobre as transformações socioculturais realizadas por iniciativas de diferentes esferas – artistas, grupos e coletivos artísticos, governo, comunidades, ONGs e Academia.

A expectativa é de que sejam ouvidas diferentes experiências realizadas dentro e fora de Belo Horizonte, para focar não só na realização de trabalhos artísticos de qualidade, como na democratização desses trabalhos, nos diferentes interlocutores dessa relação e na relevância da cultura no exercício da cidadania.

Aberto a todos interessados (artistas, pesquisadores, universitários, agentes culturais, mobilizadores sociais, críticos, representantes institucionais e membros de comunidade) o Fórum tem inscrições gratuitas que podem ser realizadas no blog da Cia. Acômica (www.ciaacomica.blogspot.com)

Programação – Fórum Arte e Comunidade.
17-09-2010 (abertura oficial)

Augusto Boal e o Teatro do Oprimido
A trajetória de Augusto Boal, conceituação de sua última obra e a relação estabelecida entre o Teatro do Oprimido e as comunidades.

Palestras:
• A trajetória de Augusto Boal e do Teatro do Oprimido e sua relação com suas Comunidades – Cecília Boal
• A estética do Teatro do Oprimido: Apresentação Conceitual da Última Obra de Augusto Boal - Flávio Sanctum

Curriculum:

Flávio Sanctum: Formado em Pedagogia, é ator profissional, pela Escola de Teatro Martins Pena, além de diretor teatral e escritor. Atualmente, integra a equipe de Curingas do Centro de Teatro do Oprimido, atuando em diferentes projetos: prisões, escolas, pontos de cultura, comunidades, grupos organizados, dando cursos de formação na metodologia em todo o Brasil. Coordena o Programa de Intercâmbio Internacional do Centro de Teatro do Oprimido e é mestrando em Ciências da Arte no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense.


18-09-2010

Função das Políticas Públicas na Relação sociocultural e econômica
Questionamentos e apontamentos sobre as ações governamentais e seus resultados na relação entre poder público, iniciativa privada, artistas e comunidade.

Palestra:
• Economia solidária e iniciativas sociais– Fernanda de Lazari

Relatos de experiências:
• Arena da Cultura – Sônia Augusto
• Plug Minas – Hannah Drumond
• Pontos de Cultura – Cláudia Castro

Curriculum:
Fernanda de Lazari: Mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, pesquisadora e membro da equipe técnica do projeto “Fortalecendo as escolas na rede de proteção à criança e ao adolescente”, responsável pela orientação das atividades de constituição de cooperativas e associações populares, na perspectiva da Economia Popular Solidária, no Programa Pólos de Cidadania da UFMG.

Hannah Drumond: Superintendente de Articulação Institucional do Instituto Cultural Sérgio Magnani/ PLUG MINAS – Centro de Formação e Experimentação Digital. Formada em Publicidade e Propaganda, é especialista em Produção e Crítica Cultural e em Gestão de Responsabilidade Social. Atualmente é a responsável pela articulação institucional do Plug Minas (centro de formação e experimentação digital), além de todos os processos referentes à comunicação.

Grupos artísticos, institutos de arte e seus relacionamentos socioculturais e formativos.
Relatos e reflexões sobre a atuação de grupos e instituições de arte em comunidades e bairros de periferia.

Palestra:
• O lugar teatral e a cidade de São Paulo – Apontamentos acerca da interferência do poder publico na construção do território teatral na cidade de São Paulo - Prof. José Simões de Almeida

Relatos de experiências:
• ONG Corpo Cidadão – Fernanda Macruz
• Fundação Clovis Salgado – Eliane Parreiras
• Grupo Teatro Kabana – Mauro Xavier

Curriculum:
Prof. José Simões de Almeida: Encenador, Dramaturgo, Professor, Pesquisador, Bacharel em Artes Cênicas, Mestre em Comunicação e Semiótica, Doutor em Teatro e Pós doutorando do Centro de estudos Sociais. Membro do GT – Pedagogia do Teatro - da Associação Brasileira de Pesquisa e Pos Graduação em Artes Cênicas (ABRACE), Tradutor de “Para ler o Teatro” de Anne Ubersfeld (Ed. Perspectiva). Consultor da área de teatro e projectos multidisciplinares da Direção Regional de Cultura Centro (DRCC) de Portugal. Prof. Adj, FAE UFMG

Fernanda Macruz: Coordenadora do Projeto Sambalelê, da ONG Corpo Cidadão que atua no Aglomerado da Serra, em Ibirité e Santo André na Bahia. Graduada em Arte Educação, pós-graduada em Artes Plásticas e Contemporaneidade. Pertence ao grupo de teatro Parangolé Arte Mobilização. Trabalha na formação de educadores em Arte Educação, foi coordenadora do Projeto Guernica da Prefeitura de Belo Horizonte, coordenadora do Projeto Rede do 3 Ciclo da Secretaria Municipal de Educação da PBH.

19-09-2010

Arte e transformação social – Estruturação e organização comunitária através da arte.
Mobilizadores de diferentes comunidades trazem a experiência e o olhar da periferia sobre as ações e resultados dessa parceria.

Palestra:
• Um olhar sobre as conexões entre Arte, Cultura e Transformação nas Favelas de Belo Horizonte – Clarice Libânio
• Povos e Comunidades Tradicionais: Desafio para as Políticas Públicas - Prof. Dr. Aderval Costa Filho

Relato de experiências:
• Centro Cultural Alto Vera Cruz – Wellington Pedro
• ONG NUC – Renegado
• Centro de Referência Hip Hop Brasil - Hudson Ice Band Carlos
• Família de Rua: Duelo de MCs – Leonardo Cezário
• Comunidade São Geraldo – Élcio Ribeiro
Curriculum:
Clarice Libânio: Antropóloga, idealizadora e coordenadora da ONG Favela é Isso Aí, associação que surgiu como fruto do Guia Cultural de Vilas e Favelas.

Prof. Dr. Aderval Costa Filho: Professor Adjunto da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG.

Wellington Pedro: Currículo Renegado: Rapper, nascido e criado na comunidade Alto Vera Cruz, autodidata, começou a cantar aos 13 anos, ao mesmo tempo em que deu início à sua atuação em movimentos sociais. Foi um dos fundadores do grupo de rap NUC (Negros da Unidade Consciente), que posteriormente, tornou-se uma ONG, presidida por Renegado, que desenvolve trabalhos sócio-culturais junto a jovens de comunidades carentes com o foco principal nos jovens do Alto Vera Cruz.

Flávio Renegado: Renegado é um rapper brasileiro nascido e criado na comunidade Alto Vera Cruz, na zona leste cidade de Belo Horizonte.
Autodidata, o músico começou a cantar aos 13 anos, ao mesmo tempo em que deu início à sua atuação em movimentos sociais.
Em 1997, foi um dos fundadores do grupo de rap NUC (Negros da Unidade Consciente), com o qual se apresentou por todo o Brasil e em países da América do Sul, África e Cuba. Posteriormente, o NUC tornou-se uma ONG, presidida por Renegado, que desenvolve trabalhos sócio-culturais junto a jovens de comunidades carentes com o foco principal nos jovens do Alto Vera Cruz.

Hudson Ice Band Carlos: Rapper, arte educador e ativista social, fundador e diretor-presidente da ONG Centro de Referência Hip Hop Brasil, desenvolve atualmente projetos vinculados à Lei Municipal de Incentivo à Cultura, na cidade de Belo Horizonte.


Leonardo Cezário: Integrante do Hip Hop já há alguns anos, o skatista Leonardo Lucas Cezário (Ozleo), foi um dos fundadores do Duelo de Mc`s e da Família de Rua. Fez parte também do coletivo Casa B, grupo com o qual realizou diversas apresentações. Enquanto skatista, Ozleo já participou e organizou diversas atividades voltadas para o skate, como o De Rua Game of Skate, realizado em conjunto com a Família de Rua. Atualmente, junto com a Família de Rua, continua realizando o Duelo de Mc`s todas as sextas-feiras no viaduto Santa Teresa e os projetos de Lei de Incentivo Estadual e Municipal


O Projeto: Cia Acômica de Portas Abertas Para a Comunidade
Desde 2005, A Cia. Acômica possui uma sede no Bairro São Geraldo, região periférica de Belo Horizonte. Até o ano de 2008, a sede era abrigo dos materiais, ensaios e pesquisas internas da Cia. No entanto, os membros sentiram a necessidade de desenvolver atividades e projetos onde o teatro e a Comunidade estabelecessem uma parceria. Acreditando nisso, desde 2009, a Cia Acômica desenvolve em sua sede diversas atividades voltadas para a comunidade. Com o objetivo de ampliar o olhar do cidadão em relação à arte e acessar o que é artisticamente essencial aos participantes e moradores da comunidade, a Cia. Acômica propõe uma programação que prioriza a integração e o diálogo entre as linguagens artísticas.

Em parceria com artistas de Belo Horizonte, como Glicério Rosário, Inês Linke, Jadranka Andjelic, Herbert Tadeu, Ana Gastelois e Grupo Kabana, o projeto propõe uma série de atividades em sua sede e a difusão de seu trabalho a partir do estabelecimento de vínculos entre a comunidade e o espaço Cia. Acômica. Essas atividades buscam aproximar o público dos meios culturais e artísticos, bem como valorizar a identidade local, fortalecer a cidadania e resgatar a autoestima. O grupo atende, de forma mais direta, às comunidades dos bairros São Geraldo, Caetano Furquim, Casa Branca, a Região Leste de Belo Horizonte e, consequentemente, outras comunidades do município, com a intenção de permitir às mesmas a inserção em um ambiente artístico, oferecendo, pois, acessibilidade aos cursos, espetáculos e às reflexões que acontecem após as apresentações

"Ciclo de Reflexão: Arte e Comunidade"

Ciclo de Reflexões: Arte e Comunidade

A Cia Acômica tem o prazer em convidá-lo para participar do Fórum de
debates, ação que compõe o Ciclo de Reflexões: Arte e Comunidade, do Projeto

Cia.Acômica de portas abertas para a Comunidade.

Através de mesas redondas com palestras depoimentos e debates, as temáticas
nortearão discussões sobre as relações entre os grupos e instituições de
arte/cultura e as comunidades nas quais estão inseridos.

Dentre os convidados para compor as mesas redondas estarão:

- Cecília Boal;
- Flávio Sanctum - Centro Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro;
- Nuno Arcanjo - Artista e arte educador, multiplicador do Teatro do
Oprimido em BH;

- Clarice Libânio - ONG Favela É Isso Aí;
- Fernanda de Lazari - Programa Pólos de Cidadania;
- Professor José Simões de Almeida Jr. - UFMG;
- Professor Aderval Costa Filho - UFMG;
- Fernanda Macruz - ONG Corpo Cidadão

- Cláudia Castro - Ministério da Cultura - Regional MG - Pontos de Cultura;
- Wellington Pedro - Centro Cultural Alto Vera Cruz;
- Dj Renegado - NUC; 

- Representante Grupo Teatro Kabana;
- Representantes da Fundação Clóvis Salgado;
- Representantes do Plug Minas.


- PARA EFETUAR SUA INSCRIÇÃO GRATUITAMENTE  Clique aqui.

Faça parte deste momento, contribuindo com suas experiências e pensamentos!
 
 

Lista dos Selecionados para oficina: Introdução ao Teatro do Oprimido


Amanda Franciele da Silva

Anna Angélica Soares

Antönio Carlos Lopes Chagas

Aurora Majnoni d'Intignano

camila hermenegildo de castro

clara Moreira Maragna

Cláudio adenilson Dias Chaves

Cristina Araújo de Oliveira

Elisângela Fátima de Souza

Felipe Baptista Soares

Felipe Marques Carabetti Gontijo

Fernando Lopes

Franciele Alves Ramalho

ivana de lima daru

Jonatas Henrique da Silva

Laura Cerqueira

Laura Maria do Carmo de Assis

Leonardo Balbino Mascarenhas

Maíra Milanez dos Santos

Marconi Barçante Graça

Marcus Carvalho

Moisés Barbosa Ferreira Costa

Moisés Barbosa Ferreira Costa

Rodolfo de Assis Rocha Bernardino

Vanessa Castro Pitangui

Oficina: Introdução ao Teatro do Oprimido

“Cia. Acômica orgulhosamente apresenta a oficina que inicia a programação do “Ciclo de Reflexão: Arte e Comunidade”.”


Ministrada pelo Artista e Educador/Professor da UFMG Nuno Arcanjo a oficina: Introdução ao Teatro do Oprimido de Augusto Boal, pretende iniciar os participantes na metodologia do Teatro do Oprimido, capacitando-os a aplicar suas técnicas (dinâmicas, jogos e fóruns de discussão) nos espaços em que trabalham.

Durante a oficina o participante terá contato com jogos, exercícios e praticas de Teatro e Estética (Palavra, Imagem e Som). Ao final haverá montagem de cena Teatro Fórum (apenas na versão de 8h)

A oficina é oferecida gratuitamente para todos os interessados na arte e querem aplicar o teatro em seu cotidiano.

Para saber mais sobre a ofcina clique aqui
Faça agora sua inscrição

Cia. Acômica a todo vapor para nova programação

Cursos, oficinas, estréia de espetáculo, mesa redonda, workshop, essas são as atrações que fazem parte do novo calendário de eventos do projeto da Cia. Acômica “De Portas Abertas para Comunidade”.


Em clima de trabalho intenso para oferecer o melhor, a Cia Acômica acredita no sucesso de sua programação que tem como tema “Arte e Comunidade” e convida a todos interessados para participar das oficinas e cursos que em breve terá as inscrições disponíveis no blog.

Agenda os seus compromissos, a programação está imperdível!

Fotos "Arena de Tolos"

Sucesso de público o espetáculo "Arena de Tolos", que foi apresentado no inicio desse mês na Sede da Cia. Acômica resultou em belíssimas fotos. Vale à pena conferir!


 



Veja mais fotos... clique aqui

Elenco: Carloman Bonfim, Helena Soares e Henrique Bocelli
Direção de cena: Nelson Bambam Júnior.
Trilha Sonora: Marcelo Fallahin
Coordenação de Produção: Ana Flávia Amaral
Produção: Fábio Daniel Guimarães
Assessoria de Comunicação: Felipe Cassiano e Giovana Cabral Braga
Fotografia: Júlia Meireles

Fotos "Arena de Tolos"

                                    


Fechando a programação de julho do projeto “De Portas Abertas para a Comunidade” a Cia. Acômica apresentou no último final de semana o espetáculo “Arena de Tolos”. O espetáculo pautado na improvisação e na inclusão do púbico no processo de construção dramatúrgica foi prestigiado pela comunidade do bairro São Geraldo e pessoas interessadas na arte que deixaram o local satisfeitos com a apresentação.

                                  
                           Fotos: Julia Meireles                              

Veja o que aconteceu na Oficina “Teatro de Rua”


Na última semana (19 a 24 de julho) o projeto “De portas para a comunidade” da Cia. Acômica abriu as portas da sua sede no bairro São Geraldo para oferecer a oficina “Teatro de Rua”. O Grupo Kabana foi convidado para ministrar a oficina.


Para concluir a oficina participantes caracterizados com figurinos, maquiagens e, adereços e instrumentos musicais alusivos ao teatro de rua, fizeram cortejo nas ruas do bairro com destino a sede da Cia. Depois do cortejo os participantes apresentaram pequenas encenações construídas durante a oficina, receberam o certificado e assistiram a peça “Eh Boi” do Grupo Kabana.

Para saber mais:

24 pessoas inscreveram na oficina, 11 concluíram, desses, 4 são adolescentes da comunidade São Geraldo

Ministrante Rubens - ator do Grupo Kabana

Cortejo: Saída da praça Santuário de São Geraldo, passando pela rua Silva Alvarenga, Otomaio com destino a rua Curí – Galpão Cia. Acômica.


Fotos: Julia Meireles

Cia Acômica apresenta "Arena de Tolos"

Fechando a programação de julho a Cia Acômica apresenta nos dias 30, 31 de julho e 1º de agosto o “Arena de Tolos” um espetáculo ousado e hilariante, onde o público passa a ser o co-autor da peça, já que é dada a ele a possibilidade de intervir. Com isso atores e público vão ao encontro do inesperado, pautado na improvisação.


A peça conta a história de uma investigação policial e com tudo o que isso implica: interrogatórios, acareações, reconstituições, depoimentos de testemunhas, perícias, verdades, mentiras, revelações, etc. Um jogo de aventuras, onde a imaginação criativa do artista e do público provoca uma intensa produção de adrenalina do início ao fim do espetáculo, o que nos levou a utilizar a metáfora de uma arena de touros.


Com esse espetáculo, a Cia Acômica reafirma sua ousadia: a cada apresentação um espetáculo diferente, de estrutura dramatúrgica híbrida com uma parte previamente construída e outra totalmente desconhecida para todos que participam.


Entrada Gratuita
Classificação Livre


Data/Hora: 30 de Julho às 20h
                  31 de Julho às 21h
                  01 de Agosto às 20h


Local: Rua Curi, 706, São Geraldo
             - Sede Cia Acômica –


Telefone: (31) 3481.8524

A Cia Acômica recebe nesse sábado apresentação do Espetáculo de rua: "Eh Boi! com o Grupo Teatro Kabana

Neste sábado, dia 24 de julho às 15h30, o projeto “Cia Acômica de Portas abertas para a comunidade” apresenta o espetáculo de rua “Eh boi!”, do grupo Kabana, no bairro São Geraldo. O espetáculo “Eh boi!” é inspirado em folguedos populares brasileiros em que o boi é amplamente cultuado e reverenciado, resgatando uma gostosa tradição de contar histórias. Foi seguindo os rastros dos tropeiros de Minas que o grupo Kabana encontrou no universo místico do boi uma revelação da alma brasileira, através de um dos seus primeiros dramas. A encenação tem início na roda e segue em cortejo, acompanhada por uma orquestra de tacos, ritmada pelo público participante da folia.

O espetáculo, gratuito e indicado para todas as idades, será apresentado em frente à Sede da Cia Acômica, na rua Curi, 706, no bairro São Geraldo, em Belo Horizonte. Informações no www.ciaacomica.blogspot.com e 31 3481-8524. A apresentação é realizada em parceria com a Cia Acômica e Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz;  Rede TEIA + Teatro Transformação, com o patrocínio da ArcelorMittal.
  
                    


                                                                                                      




Ficha Técnica:
Espetáculo “Eh Boi!” – Grupo Kabana
Texto: Nélida Prado
Direção: Mauro Xavier
Direção musical de Geovane Sassá
Programação visual: Fernando Perdigão
Figurino de Márcio Gato e Nélida Prado
Elenco: Rubens Xavier, Geovane Sassá, Pedro Delgado, Nélida Prado e Léo Ladeira

Serviço:
Data: 24 de Julho
Horário: 15h30
Local: Rua Curi, 706, São Geraldo
Entrada Gratuita

Cia Acômica
31 3481-8524 / 3461-1633





Cia Acômica promove oficina de teatro de rua, com o grupo Kabana

A Cia Acômica, no projeto “de portas abertas para a comunidade”, realiza entre os dias 19 e 24 de julho a oficina de teatro de rua, com o grupo Kabana. A oficina busca a compreensão da rua como espaço cênico a ser reconquistado e discute as suas possibilidades de linguagem e dramaturgia, proporcionando aos alunos treinamento e prática para atuar neste instigante espaço, introduzindo conceitos e técnicas específicas para o trabalho de atuação de rua a partir de jogos teatrais, consciência corporal, improvisação e iniciação em técnicas circenses, como corda bamba, perna de pau e malabarismo. A oficina será realizada da Sede da Cia Acômica, no bairro São Geraldo. Para se inscrever, clique aqui

Inscrições: até o dia 15 de julho – CLIQUE AQUI
Período: de 19 a 23/07 - 18h às 22h. Dia 24/07 - 08h às 13h
Público: Adolescentes, jovens e interessados em geral.
Local: Sede Cia Acômica - Rua Curi, 706, São Geraldo

Grupo Cutuca de Montes Claros se apresenta na Sede da Cia Acômica no dia 19/06/2010.

O Grupo de Teatro Cutuca apresenta os espetáculos "(Des)acelerando" e "Reginalda" na Sede da Cia Acômica. As duas sessões terão entrada gratuita e tem censura livre.
Serviço:
Data: 19/06
Horário: 18h00
Local: Rua Curi, 706, São Geraldo

Cia Acômica bota o pé na estrada

Durante os dias 11, 12 e 13 de maio, os integrantes da Cia Acômica Nelson Bam Bam, Ana Flávia Amaral, João Batista e Fábio Guimarães, acompanhados pela Representante Regional da ArcelorMittal, Desiane Carvalho, visitaram as cidades de Bom Despacho, Matinho Campos, Quartel Geral, Abaeté e Dores do Indaiá, situadas no centro-oeste de Minas Gerais.
O objetivo dessa viagem foi fazer um trabalho de mapeamento das localidades para a realização das ações do Rede Teia 2010. O trabalho envolveu o reconhecimento do público alvo, dos espaços disponíveis nas cidades para as apresentações dos espetáculos, debates e oficinas e o estabelecimento de laços mais próximos  com as prefeituras.
As informações colhidas foram de grande valia para a estruturação do cronograma das ações, na medida em que foi possível casar a realidade do Rede Teia com a realidade das cidades onde pretendemos atuar, o que, a nosso ver, é super importante.
Você pode acompanhar os registros dessa viagem no álbum abaixo:


Viagem Cia Acômica ao centro-oeste de Minas Gerais


Oficina de Teatro em Bom Despacho

A Rede Teia e a Cia Acômica com patrocínio da ArcelorMittal realiza  a"Oficina de Teatro" em parceria com a Secretaria de Cultura  e Secretaria de Educação de Bom Despacho.

A oficina integrará a programação do Festival de Inverno e acontecerá de 02  a 06 de Junho de 2010.

As inscrições se encerram no dia 29 de Maio de 2010.

Maiores informações: (31) - 3481-8524

Para efetuar sua inscrição clique aqui.

Oficina de Teatro:

A oficina prática de iniciação teatral terá como base fundamental os jogos teatrais que se estabelecem a partir de regras, e através desses jogos habilidades como concentração, foco, espontaneidade, noções de espacialidade, criatividade, são trabalhadas de forma lúdica numa vivência corporal. Um elemento fundamental desenvolvido durante o trabalho com jogos teatrais é a espontaneidade, ao mergulharem no jogo lúdico os jovens e adolescentes, jogam com seus parceiros, e percebem suas individualidades, as relações com o outro, com o espaço e com o tempo. Assim o nosso projeto desenvolve e potencializa habilidades dramáticas inerentes ao ser humano e proporciona o prazer através do jogo lúdico, resultando, também, na construção de pequenas cenas.
Duração: 30 horas
Material Necessário: Roupas confortáveis
Público Alvo: Adolescentes, jovens e adultos com idade a partir de 13 anos.

Teatro + Capoeira + Ensaios + Pesquisas.


Alunos em aula de iniciação teatral e capoeira de Angola na Cia.Acômica de portas abertas para a comunidade no Bairro São Geraldo.
Prof: Sérgio Bitencout e Helena Soares
Monitor: Henrique Bocelli










Capoeira de Angola







O homem contemporâneo e sua relação com os espaços públicos.



INTRODUÇÃO: João Batista

No segundo semestre de 2009 a Cia. Acômica iniciou a pré-produção para suas novas atividades criativas. Neste primeiro módulo buscou-se o tema a ser trabalhado através de pesquisas, leituras afins convergindo para o "homem contemporâneo".
Em Janeiro de 2010 promoveu-se duas oficinas, uma ministrada por Jadranka Andjelic e outra por Paola Retori, em ambas foram realizados exercícios de atenção com o parceiro de cena e o grupo, desenvolvidas improvisações e trocas entre o espaço, o corpo e a voz. Houve então uma seleção de atores/bailarinos e com os escolhidos aberta novas discussões e seminários voltando ao foco inicial: o homem contemporâneo e suas relações de afetos e desafetos com os espaços públicos.
Abrindo a segunda etapa do trabalho, foi proposta uma pesquisa de campo onde os atores exploraram um parque e quatro praças de Belo Horizonte investigando o comportamento das pessoas nestes centros, ouvindo os relatos de suas memórias, histórias e cumplicidade com a cidade. Traçado este mapa afetivo, foi deixado como rastro, algumas impressões que se seguem:


PRAÇA DA ESTAÇÃO (PRAÇA RUI BARBOSA) -Texto e  fotos: helena soares
A Praça Rui Barbosa, conhecida como Praça da Estação, faz parte do acervo neoclássico da cidade. Ligada à construção de Belo Horizonte, é datada da década de 20 quando o antigo ponto de trem era portão de entrada para a capital. Hoje, ele deu lugar ao metrô.
O local foi beneficiado pelo programa Centro Vivo, que reestruturou a área central e deu à praça pisos de placas de concreto colorido, formando um espaço exclusivo para pedestres. Foram instalados dois conjuntos de fontes, que podem ser desligados dando mais espaço para a realização de eventos. Postes de iluminação especial também se encontram nas laterais do local.

RELAÇÃO + AFETO+PESSOAS

Aqui na Praça da Estação, tem gente que chega, tem gente que sai. De metrô ou antes de trem, muita gente já visitou as belezas de nossa cidade. O visual ficou lindo.  A  Praça da Estaçao é o símbolo de Belo Horizonte, sendo um dos cartões postais  da cidade mais linda do Brasil”.
A fonte está ligada, um grupo de adolescentes se diverte atravessando a fonte. Gritam escandalosamente.
Um homem toma banho de bermuda. O guarda finge não ver e circula elegante em seu motor de duas rodas.
Os pontos de ônibus estão cheios, uns que vão outros que chegam.
Arquitetuta  antiga em contraste  com prédios mais modernos.
Garotos atravessam a fonte de bicicleta, eles apostam pra ver quem sai menos molhado.
O homem pelado da escultura ergue a bandeira e  está de punho cerrado.





João Batista


Tipos curiosíssimos passam por ali, como travestis com as maquiagens já desbotadas e com os saltos nas mãos, prostitutas com olheiras voltando ou indo desanimadas, homens de olhos estatelados vindo de alguma quebrada, bêbados babando no chão, furiosos com o freqüente atraso dos ônibus, mulher fingindo passar mal para comover as pessoas e ganhar algumas moedas, homens e mulheres ligeiros e desconfiados e para variar, evangélicos arvorados gritando coisas que ninguém ouvia, com a exceção de alguns carentes que nada mais tinha a fazer e a onde ir.
O vestuário da população no local era um show a parte. Viam-se vestimentas e combinações que antecipariam a morte de Clodovil caso passasse por lá.







PRAÇA DA RODOVIÁRIA- Texto e fotos: helena soares







Vazio... Um vento forte varre o chão de folhas, uma escultura figura a geometria por onde ver composições.
Árvores, bancos, lixo, pessoas, barulho, sirenes, trânsito.
Olhares ao longe... Os que aqui ficam são desespero e solidão.
Um travesti desfila seu desejo de ser quem é com graciosidade.
Um homem está do meu lado, usa óculos, está com o pensamento longe, é forte, tem uns sessenta e cinco anos, seus pés estão inchados, usa um embornal preto, está coçando o olho com freqüência, agora pude ver melhor, ele tem um buraco no lugar do olho esquerdo.
Um skatista negro quebra a monotonia atravessando a praça.
Então chego mais perto com um meio sorriso e pergunto:
- O senhor vem sempre aqui?
Me olhou desconfiado, coçou novamente o olho esquerdo e respondeu:
- É, antes eu vinha mais, eu gosto.
Silêncio
Um homenzinho raquítico de cara franzida amassa latinhas ritualisticamente, em quanto outro, de terno preto, uns setenta e cinco anos, cabelo e barba grandes e brancos, atravessa a praça, lentamente com elegância apoiado por sua bengala.
- Esse vento, parece que vai chover!
-Quando eu era mais novo eu vinha sempre, era mais barato no tempo do Getúlio Vargas, eu estava aqui no dia da morte dele.
-Como era a praça?
-Tinha o Bondinho, era estação de lá e de cá, eu vinha direto, era baratinho, carnaval aqui era uma beleza, no lugar da rodoviária era a feira, tinha a rádio, o cinema são Geraldo, ali era o cine Brasil, acabou tudo, eu assisti o filme do Mazzaropi, ele veio pessoalmente falar do filme, eu vi ele assim de pertinho. Era um tempo bom, que não tinha muita malandragem.
-Como é que o Sr.chama?
É... José Nicássio, eu nasci lá em Manhuaçu, vim pra cá novo.
- Helena! Já estamos indo...
- Já vou.
- Meu nome é Helena Soares seu Nicássio, agora eu tenho que ir.
 Estendo a mão, ele aperta minha mão com um meio sorriso.
-Até logo seu Nicássio.
- Até.
                                                    


João Batista

Onde há tristeza de uma partida há também a alegria do reencontro. Neste clima os transeuntes perpassam apreensivos pela Praça da Rodoviária. Ao saírem da estação, os passageiros logo vêem a Avenida Afonso Pena emoldurada pela obra de Lina Bobardi (a mesma arquiteta do MASP) e a visão dos recém chegados só não se perde em profundidade até o alto da Avenida devido à poluição visual da cidade.
Creio que a impressão dos visitantes que chegam a Belo Horizonte não é a das melhores porque ali, na Praça da Rodoviária se concentra parte da marginália belorizontina, entregando um cartão de visita sujo e sinistro. São prostitutas perebentas, malandros querendo roubar, mendigos à deriva, vendedores de bugigangas, comércio clandestino de ônibus que concorre perigosamente com a legalidade da rodoviária, mágicas já reconhecidas até mesmo para quem vem do mais recôndito interior. São apresentadas em exaustão. Os evangélicos, para não variar, se impõem gritando sua fé distraída. A impressão que se tem é que todos querem passar por ali com o máximo de velocidade para chegarem logo aos seus destinos, o que é dificultado pelo atraso dos meios de transportes disponíveis. Ali, pelo que se caracteriza uma praça, pouco tem. Poucos  bancos, poucas árvores e sem entretenimento, tendo apenas um trânsito nervoso e aflito.




PRAÇA DA LIBERDADE - Texto e fotos Helena Soares












*1897, No coração de Belo Horizonte abre os caminhos da liberdade por entre as montanhas de Minas Gerais.
Testemunha dos grandes acontecimentos da cidade, nobre e imponente faz parte do que acontece de importante e belo na capital mineira.
*1920 acolheu os reis da Bélgica
*1930 recebeu os revolucionários que comemoravam a vitória. A revolução iniciada em Minas derrubou Washington Luís e reconduziu Getúlio Vargas ao poder.
O povo tomou a praça, palco de lutas, comemorações, praça de todos, do povo de Minas.
*1950, nova reforma deu-lhe ares românticos.
*1960, foi presenteada com as obras de Niemeyer, a praça encantava com seus  majestosos jardins, florida e colorida, era o coração pulsante da cidade que crescia ao seu redor.
*1970 a 1990, voltou a ser ocupada pelo povo, a feira hippie tomou conta da alameda.
*1991, por ser uma área histórica, por meio de parceria pública privada, a praça foi restaurada. Durante meses ficou escondida por tapumes.
Seu Retorno foi triunfante: Voltou a ter a elegância e a beleza que a tornaram um dos mais requisitados pontos da cidade.
*2000, palco de lutas, celebrações, das luzes de natal, dos movimentos culturais. Lugar de música, festas, namorados, crianças e jovens de todas as idades.

Subi no coreto, tinha lá um grupo de adolescentes ainda com uniforme escolar, (E.E. Barão do Rio Branco) fiquei observando a praça lá de cima, olhei pra uma das meninas e dei um sorriso, ela correspondeu e eu disse: Linda essa praça!
Ela - É mesmo.
Eu - vocês... (já direcionando ao grupo todo) vêm pra cá sempre?
Todas em coro - Sim.
Eu - Tão matando aula!
Ela - Não, estudamos de manhã, a gente vem pra descansar.
Notei certa desconfiança no olhar delas para mim, já que estava perguntando muito.
Eu - Desculpa, é que estou fazendo uma pesquisa sobre a relação das pessoas com os espaços públicos. Vocês podem...
A menina do primeiro sorriso respondeu que sim na hora.
Eu - Conhecem a história da praça?
-Ela - Não
Eu - O que mais gostam aqui?
Uma e outra - Das árvores, luzes de natal, venho sempre com minha família,
- O coreto é bom pra descansar,
- O clima é bom, tem segurança, é tranqüilo e tem muitos passarinhos cantando.                       
-Ainda falta muito respeito, jogam lixo no chão, deviam colocar aqui aqueles lixos de reciclar.
Eu - Posso anotar o nome de vocês?
- Amanda.
-Thaís.
- Júlia.
- Ana Paula.



João Batista

A Praça da Liberdade é a extensão de minha casa. Há mais de quarenta anos somos vizinhos e foi nela que aprendi a andar de bicicleta, patins, dei meu primeiro beijo na boca, curei melancolias, amenizei tédios, me embriaguei, namorei e me encantei com os coqueiros que emolduravam esta linda obra de arte. Para chegar até ela subo a Avenida João Pinheiro passando pelos casarões que abrigavam tradicionais famílias da sociedade belorizontina, chegando antes ao Xodó para tomar sorvete e comer sanduíches, terror para as mães que querem ver seus filhos se alimentarem saudavelmente. O Xodó também funciona como um Q.G. para os encontros, uma referência para dar início ao passeio pela praça.
A elegância dos ecléticos estilos arquitetônicos que ladeiam a praça culmina no imponente Palácio da Liberdade, antiga sede dos governantes mineiros onde também já se hospedaram importantes políticos brasileiros e estrangeiros. Na sua sacada, discursos históricos foram feitos como o de Tancredo Neves a favor do retorno das eleições diretas e da democracia no Brasil.
Bem perto do Palácio havia um lote onde foi construído o moderno Rainha da Sucata, nome dado pelos críticos à nova arquitetura que veio de contra ao importado estilo europeu que constituía toda a Praça. Não podemos esquecer que o arquiteto Oscar Niemeyer foi o pioneiro nesse sentido, com a construção do edifício que leva o seu nome, onde seus moradores, de suas janelas, presenciaram momentos culturais e políticos preciosos como, por exemplo, a antiga feira hippie onde os artesãos mineiros expunham seus trabalhos vindos de todos os cantos do Estado, fomentando efetivamente o turismo em Belo Horizonte. Saudosos, os moradores do Edifício Niemeyer também recordam do tradicional footing organizado: mulheres à esquerda com vestidos longos e os homens à direita com chapéus e bengalas.
Recentemente a praça passou por uma reforma urbanística representando um novo paisagismo que a tornou ainda mais bonita, abrindo maior acesso ao lazer, descanso e contemplação.
Várias tribos de adolescentes adotaram a Praça para suas reuniões como os hippies, os punks, os emos, os darks e metaleiros, dando início a uma degradação vândala do patrimônio sendo substituídos pelas câmeras de vigilância e policiais. As bandas militares que se apresentavam no coreto também foram substituídas por apresentações circenses, teatrais e de diversos estilos musicais: clássico, pop, rock, etc.
Um grande atrativo atual da Praça da Liberdade são as decorações no Natal, que atrai moradores locais e estrangeiros, encantando a todos e projetando a cidade através dos meios de comunicação que a divulgam.
Minha memória não me deixa esquecer das fontes luminosas que também servem de piscinas paras as crianças e adolescentes desafortunados. Era mágico olhar as águas em elevações diferentes, mudarem sempre de cor. Inesquecível! Atualmente, um projeto do governo Aécio Neves, deu início à substituição das funções burocráticas exercidas nas secretarias para um novo circuito cultural onde serão manifestadas as diversidades artísticas como cinema, teatro, literatura, história, ciência, artesanato, artes plásticas, música, etc.
Assim sendo, o carinho que tenho pela Praça da Liberdade se renova sempre com o passar do tempo, tornando-o cada vez maior.  


                PRAÇA SETE DE SETEMBRO - Texto e fotos de helena soares


É o centro do centro de Belo Horizonte. Ostenta em seu centro um (Obelisco) O pirulito como é conhecido foi desenhado pelo arquiteto Antonio Rego e construído pelo arquiteto Antonio Gonçalves gravatá. Antes Praça Doze de Outubro em homenagem a data da descoberta da América.
Em 1922 foi alterado para Praça Sete de Setembro.
(Centenário da Independência do Brasil

Em 2003, houve um intenso programa de revitalização:
*Acesso aos portadores de necessidades especiais
*Cada um dos quatro quarteirões fechados ganhou um nome indígena.


                                

João Batista
Na infância freqüentei a Praça Sete por dois motivos: visitar com mamãe meu tio, que trabalhava no antigo e tradicional prédio do Banco da Lavoura e para assistir no Cine Brasil os filmes dos Trapalhões e do 007 James Bond. Estes dois programas eram divertidos porque gosto muito de cinema e tio Nem sempre me dava uns trocadinhos para comprar Coca-Cola. Fora isso, por força das circunstâncias, também ia a Sapataria Balalaika para comprar minhas botas ortopédicas. Sempre caí nas ciladas da mamãe, que mandava eu escolher um sapatinho e quando chegava em casa, abria a caixa e lá estava a mesma botina contra os meus pés chatos. Minha mãe é quem fazia minhas roupas com os tecidos comprados na Casa Rolla que também ficava nas imediações da Praça. Entrar na Rolla também não era bom. Sempre achei o movimento da Praça Sete muito confuso e feio, portanto a freqüentava transitoriamente e nunca permaneci no lugar. Hoje em dia não mudou muito. Passo por ela para efetuar alguns pagamentos, fazer algumas compras ou para ir até o Terminal Rodoviário. Neste tempo pude observar que no cruzamento de ruas que cortam a praça existem alguns grupos mais fixos de pessoas que se encontram com mais freqüência no local. Os idosos no Café Nice, os idosos que jogam damas, os hippies remanescentes de Woodstok, os surdos, os surdos, os skatistas e aqueles esquisitos do roubódramo. Entre eles, alguns interventores com suas mágicas, malabarismos e vendedores de soluções milagrosas e os evangélicos “gritantes”em plena concorrência com as irritantes buzinadas dos carros. O resto são transeuntes sempre atrasados, segurando firmemente seus pertences para não serem assaltados. Sempre achei a coisa mais sem graça o tal pirulito da Praça Sete. É uma fama que eu nunca entendi. Numa época, houve uma grande polêmica com a sua transferência para o bairro da Savassi. Para mim ele poderia pegar um ônibus e ir para o deserto. Não faria a menor falta pois, aquilo não é uma escultura, não é uma obra de arte, não é um monumento, é apenas um espeto apontado para um céu poluído.


Henrique Bochelli

Aqui as pessoas não se relacionam e tem cara de poucos amigos. Sempre apressadas e se aglomeram em sinais de trânsito. Uma menina num momento delicado chorava se escondendo no ombro do amigo. Se escondendo da agitação. O público muda o tempo todo. Um menino passa de bicicleta, absorto, desviando das pessoas. O lugar mais democrático até agora. Uma galera cheira Tíner numa garrafinha verde. A menina no meio esta alucinada.



PARQUE MUNICIPAL - 
Parque Américo Renné Gianneti -Texto e fotos de helena soares










*Primeiro jardim público da capital mineira, foi criado em 1827 ainda na época de BH arraial, era ali que se localizava a “Chácara dos Sapos”.
*Idealizado pelo engenheiro Aarão Reis, projetado pelo arquiteto francês Paul Villon.
*Mistura de elementos locais e europeus.
*Coreto veio da Bélgica
*Flora com mais de 400 espécies colhidas em quintais
*Área de quase 600 mil metros quadrados, hoje reduzidos a menos de um terço deste tamanho.

Agora respiro fundo, ausento-me da cidade grande para observar este santuário verde no meio da capital, a tranqüilidade, o cheiro de mato me faz lembrar a roça, árvores diversas, aparelhos de ginástica, escultura de ferro em forma de borboleta, muitas praçinhas, lagos com peixes, patos, raízes enormes (Ficus Italianos), pessoas passando rápido, outras fazendo Cooper, outras esperando o tempo passar.
A maioria que aqui vi, tem marcas fortes de expressão no rosto, cansaço, vida difícil.
Um rapaz chega de bicicleta, trajando cueca e marcador no braço, seu corpo é composto por músculos tensos, todos olham e ele se exibe com orgulho fazendo flexão nos aparelhos de ginástica, arma os braços mostrando o Muque e diz: Chupa que é de uva!



                   
João Batista

Papai me bateu uma só vez na sua vida. Depois, arrependido, me levou ao Parque Municipal para andar na roda gigante. Nós não tínhamos o costume de visitá-lo, pela má fama de lugar onde era freqüentado o baixo nível da sociedade de Belo Horizonte como pessoas piolhentas e mal educadas. O parque era realmente muito sujo e degradado. Essa idéia me acompanhou até que para ir para a faculdade, o parque era um atalho facilitador. A guarda municipal de BH já estava atuando no local e ele estava sendo revitalizado. O parque agora é mais bem tratado.
As várias entradas dão acesso a diversas ruas do hipercentro, sendo assim, muitos freqüentadores estão sempre de passagem, com passos apressados pela falta de tempo para tantos compromissos que têm. Outros preferem passar pelo parque, tendo-o como caminho mais longo, porém mais arejado, menos poluído e com o contato com a natureza onde encontram uma grande variedade da botânica brasileira e árvores exóticas. Os menos apressados encontram tempo para a leitura das placas explicativas com os nomes científicos, vulgares e da origem de cada árvore. Existem também os hóspedes de quatro patas: os gatos, que após serem largados, são castrados e identificados através de um furo na orelha, por veterinários da prefeitura. Um grupo de senhoras comovidas pelos bichanos, levam diariamente rações e carinho. O parque já teve também um viveiro com grande variedade de pássaros, mas foi extinto, agora, estando eles no lugar certo: soltos para ocuparem o ar e suas residências naturais que são as muitas árvores com suas sementes, frutas e insetos. Nos lagos existem peixes, tartarugas e marrecos. Os freqüentadores mais freqüentes do parque são atletas que se exercitam nos equipamentos lá existentes; a terceira idade que pratica caminhadas, leituras, conversas e jogos de lazer; gays que se encontram, namoram e paqueram em uma das alas do parque; mendigos que ali encontram lugar para satisfazer suas necessidades de eterno descanso e fisiológicas; desempregados que lêem os classificados e que já estão estrategicamente bem localizados para chegarem nas possibilidades de empregos. (a maioria dos ônibus passa nos arredores do Parque) Professores de Educação Física levam seus alunos para suarem nos aparelhos lá instalados. A escola municipal Imaco lá funcionou por muitas décadas, mas os alunos preferiam mais a área externa às salas de aula. Agora será construído no seu lugar um centro multiuso. As crianças estão sempre presentes com seus pais brincando em vários brinquedos oferecidos a preço popular, como carrossel, rumba, pedalinhos, roda-gigante e balanços.
Uma outra tradição do parque são os burricos e o trenzinho que passeiam por grande parte do parque. Você já pensou em andar de barco, passando por baixo de pontes em pleno centro da cidade? No Parque Municipal isso é possível. Basta alugar um barquinho de remos, colocar um colete salva-vidas e passear sobre as águas cercadas pela natureza e espremidas pelos grandes prédios que circundam toda extensão do parque.
Até então, o maior centro de cultura de BH está também dentro do Parque Municipal: o Palácio das Artes, com suas escolas de teatro, música, dança, além de cinema, galerias e um dos palcos mais importantes da cidade, que já recebeu nomes consagrados de toda a parte do mundo. Festivais importantes também são apresentados dentro do Parque como o FIT, FIQ, FID E FIC, Festival de Documentários e projetos de grande importância como a Terça Política. E por falar em cultura, o parque abriga também o Teatro Francisco Nunes, outro espaço muito querido pelos belorizontinos.
Em algumas alamedas estão expostas placas comemorativas dos 60 anos da Declaração dos Diretos Humanos (iguais na diferença) apresentando e ilustrando seus artigos. O Parque Municipal para mim é um dos lugares de maior diversidade de Belo Horizonte, visitado  por gente de todas as classes sociais, da elite ao mais simples.
E como disse uma amiga: "gatos! No Parque Municipal encontramos muitos gatos. Logo quando se entra sente-se o cheiro da caixa de areira do seu gato mil vezes mais forte. Aquele pedaço é a caixa de areia gigante dos bichanos!"









Hoje é o último dia para se inscrever nas oficinas de Capoeira Angola e Teatro, que terão início em 03 de Maio de 2010 na sede da Cia Acômica.

Ainda dá tempo!