CIA. ACÔMICA DE PORTAS ABERTAS PARA A COMUNIDADE – CENA MINAS - EDITAL CIA ACÔMICA

Núcleo de Investigação e Montagem Teatral “Do Treinamento Psicofísico do Ator ao Teatro de Rua”
Edital N° 01/2009 A Cia. Acômica convida artistas para participar do Núcleo de Investigação e Montagem Teatral “Do Treinamento Psicofísico do Ator ao Teatro de Rua”, a ser realizado pelo grupo e profissionais convidados. O núcleo será composto de dois módulos, com duração total de 10 meses. O primeiro módulo do processo faz parte das ações do projeto Cia Acômica de Portas Abertas para a Comunidade premiado pelo edital 2007 do programa Cena Minas. Neste, o núcleo desenvolverá leituras e discussões de textos teóricos provenientes de diversas áreas de conhecimento (arte, história, filosofia, sociologia, etc.), com o intuito de gerar reflexões sobre o homem e sua relação social. Serão escolhidos e apresentados textos referenciais relevantes para o trabalho físico do ator por meio da realização de seminários e trabalhos físicos Os textos e discussões irão reverberar na criação prática, já que as questões abordadas sugerem um universo temático e apresentam diversas estratégias da arte contemporânea. Estes estudos práticos e teóricos resultaram em pequenas cenas criadas ainda em 2009. O segundo módulo do projeto propõe a criação de um espetáculo de rua tendo como norte o material levantado no primeiro modulo do trabalho. O processo contará com a participação de artistas, professores e diretores com grande respaldo no cenário teatral mineiro, e será coordenado por: Cida Falabella , Ines Linke e Nelson Bam Bam Júnior.
1. Do Projeto
1.1 – O primeiro módulo do projeto será compreendido entre 08/09/2009 à 19/12/2009, sendo, inicialmente, 3 (três) encontros semanais de 4 horas/aula. Alguns finais de semana acontecerão encontros com uma maior carga horária de acordo com a necessidade do trabalho e disponibilidade dos envolvidos.
1.1.1 - Os encontros acontecerão segunda, terça e quarta feira de 9:00h às 12:40h, podendo, se necessário, haver alterações de acordo com a necessidade dos profissionais convidados e da Cia. Acômica.
1.2 - O segundo módulo será de janeiro à junho de 2010 com 6 (seis) encontros semanais (segunda à sábado) de 13h30 às 18h00. A coordenação do projeto selecionará a equipe que irá integrar o elenco do espetáculo a partir dos artistas que participaram do 1º modulo. Os não selecionados para o elenco, poderão tomar parte do processo da montagem em outras funções da criação.
1.3 - A Cia Acômica se reserva ao direito de convidar outros atores para integrar o elenco.
2. Das Inscrições
2.1 – As inscrições para a participação do Núcleo serão feitas na sede do grupo (Rua Curi, n°706, bairro São Geraldo) a partir da data 17/08/2009 à 04/09/2009 (segunda á sexta das 15h00 às 20h00 e sábado de 09h00 às 12h00) ou via internet pelo endereço http://www.ciaacomica.blogspot.com/ .
2.2 – Não serão aceitas as solicitações de inscrições que não satisfazerem rigorosamente o estabelecido neste edital.
3. Das condições para inscrição
3.1 – Ser pessoa física.
3.2 – Ter disponibilidade de tempo para integrar o projeto.
3.3 – Ser maior de 16 anos e ter experiência comprovada como ator e/ou em outros setores artísticos ou ainda estar matriculado em algum curso afim.
3.4 – Entregar a ficha de inscrição preenchida no ato da inscrição e uma foto de rosto. (Anexo 8.1)
4. Da seleção dos candidatos
4.1 – A primeira fase de seleção será uma avaliação do currículo e da carta de intenção feita pela coordenação do Núcleo através da ficha de inscrição.
4.2 – Os candidatos aprovados serão convidados a participarem da segunda fase de seleção, onde será avaliado o desempenho de cada um no desenvolvimento de trabalhos práticos e teóricos. Esta será realizada nos dias 05/09/2009 de 14h00 ás 18h00, 06/09/2009 de 09h00 as 12h00 e 14h00 às 18h00 e ainda 07/09/2009 de 09h00 às 13h00 na sede da Cia Acômica (Rua Curi n° 706, bairro São Geraldo)
4.3 – Um fator preponderante a seleção será a disponibilidade de tempo do candidato para o desenvolvimento do projeto.
4.4 – Serão três dias de avaliações sendo que o resultado será dado após o termino do processo seletivo.
5 – Considerações Finais
5.1 – O projeto não prevê remuneração para os candidatos, podendo no segundo módulo, de acordo com os projetos da Cia Acômica, ser ofertado uma ajuda de custo para o processo de ensaio do espetáculo.
5.2 – A Cia Acômica não se responsabiliza por qualquer dano físico ou moral que possa acontecer com os envolvidos no decorrer do processo.
5.3 – As decisões da coordenação referente a seleção dos candidatos para desenvolvimento do Núcleo são irrecorríveis.
5.4 – Quaisquer dúvidas devem ser sanadas na sede da Cia. Acômica ou pelos telefones: 031 3481-8524 ou 031 3461-1633.
5.6 - Os casos omissos serão resolvidos pela Cia. Acômica em consonância com a coordenação do projeto.
6 – Cia. Acômica e sua metodologia de trabalho
A Cia. Acômica se firmou no cenário artístico mineiro, nos últimos doze anos, como um importante núcleo de investigação teatral, através de sua extensa pesquisa sobre uma didática própria de formação do ator que, associada a suas criações artísticas, trouxe reconhecimento e convites para representar o Estado e o Brasil em relevantes eventos culturais.
Desde a sua fundação, a Cia. desenvolve treinamentos e estudos sistemáticos, pautados em técnicas que servem à preparação psico-física do ator. A Biomecânica de Meyerhold, a Mímica Corporal Dramática de Etienne Decroux e a Capoeira Angola são algumas dessas técnicas, para as quais foram estabelecidas parcerias com profissionais reconhecidos do Rio de Janeiro e de São Paulo ao longo dos últimos anos. A absorção de tais técnicas no embate das experiências dos integrantes durante suas vivências criativas e nas práticas de montagem da Cia. resultou em uma metodologia de trabalho própria. A inquietação e os objetivos dos integrantes da Cia. sempre tiveram como foco a busca de uma linguagem particular, centrada na figura do ator. Tomando como base, então, uma interpretação não-realista e a utilização cênica de espaços convencionais e não-convencionais, o grupo visa uma linguagem legitimamente brasileira e à criação de dramaturgias próprias que possibilitam uma reflexão sobre a nossa realidade.
Uma prática em suas construções artísticas é a pesquisa in loco, num confrontamento de idéias e realidades, promovendo discussões internas e externas. Nessas práticas, a Cia. Acômica associou-se a importantes pesquisadores, criadores, teóricos e entidades do teatro brasileiro como Eid Ribeiro, Fernando Mencarelli (UFMG), Sara Rojo (UFMG), Ana Teixeira e Sthephane Brodt (Amok Teatro), Maria Thaís L. Santos do Balagã (USP), Rodrigo Campos, Grupo Giramundo, Galpão Cine Horto, Luis Alberto de Abreu, Rita Gusmão (UFMG), entre outros, dando origem a seus espetáculos.
Esses processos criativos, percorridos pelo grupo, resultaram em cinco espetáculos, tendo quatro deles em repertório. Em sua estréia, a Cia. Acômica apresentou “As Criadas”, de Jean Genet, com direção de Raquel de Albergaria. A montagem obteve sucesso de crítica e público. Em 99, é apresentado “Anjos e Abacates”, texto de Eid Ribeiro e direção de Kalluh Araújo, projeto vencedor do Prêmio Coca-Cola de Teatro, na cidade de São Paulo. Em 2001, a Cia. Acômica monta, cria e apresenta o espetáculo “Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico”, com direção de Eid Ribeiro, chegando a representar o Brasil no FIT de Caracas. Já o “Arena de Tolos” é resultado de uma pesquisa sobre o processo colaborativo, no projeto Cena 3 x 4, do Galpão Cine Horto. Este projeto teve a orientação do dramaturgo Luís Alberto de Abreu, do diretor Antonio Araújo e do Prof. Doutor Fernando Mencarelli. No 2º semestre de 2006, a Cia. Acômica estreou o espetáculo “O Sexo Não Floresce na Monotonia”, projeto contemplado pelo prêmio Funarte Myrian Muniz de Teatro, com direção de Fábio Furtado.
Em 2007, o grupo lança o livro "Cia. Acômica - Na Sala dos Espelhos", um registro dos dez anos da companhia, que reúne, em seu conteúdo, parceiros e colaboradores, a fim de comemorar uma década de atividades teatrais desenvolvidas. Profissionais reconhecidos na área de artes cênicas são convidados a escrever artigos registrando suas experiências.Maria Thaís tece considerações acerca da trajetória de uma companhia de atores no Brasil, inserindo uma visão baseada no contexto nacional. Sara Rojo, por sua vez, faz uma análise do espetáculo "Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico", destacando o texto do mesmo e o processo pelo qual passou, em seu desenvolvimento. Fernando Mencarelli faz também uma análise do teatro de grupo, evidenciando a importância da Cia Acômica para o cenário artístico mineiro. Em 2008, circulou com o espetáculo "Arena de Tolos" pelas cidades de Juiz de Fora, Montes Claros, Ipatinga, João Monlevade e Sabará.
Em Ipatinga, a Cia. Acômica, de outubro de 2007 a junho de 2008, desenvolveu um Núcleo de Pesquisa que deu origem ao espetáculo “Garatuja – A Primeira Escrita”. Em Montes Claros, de janeiro a setembro, desenvolveu-se o Núcleo “O Treinamento Físico do Ator Como Base para a Construção da Personagem e Suporte para Realização do Espetáculo Cênico”, que teve como resultado a montagem do "Exercício nº 01 sobre Catrumano". Em Juiz de Fora a companhia desenvolveu o Núcleo de Investigação Teatral que resultou no espetáculo “75 Minutos”. Atualmente o grupo encontra-se em desenvolvimento desde junho, em Carbonita, o Núcleo de Investigação Teatral, com data de término prevista para outubro de 2009.
A Cia Acômica possui uma sede desde 2003, onde guarda materiais, figurinos e equipamentos. Este espaço serve também para treinamento, ensaios e pesquisa interna dos atores. Em 2007 realizou oficina "A pedagogia do Ator" com Luís Lerro, e o espaço foi cedido para ensaios e criação do espetáculo "O ar da história", de Poliana Costa, e das cenas "A debutante" e "O homem do fusca", projetos selecionados e apresentados no Cenas Curtas do Galpão Cine Horto de 2007 e 2008, com direção de Cláudio Márcio. Em 2006, abriu as portas do espaço para o ensaio aberto e a demonstração de processos do projeto Brasil-Itália. Ainda de 2008 a Cia. Acômica foi contemplada pelo prêmio Cena Minas e desenvolve na sua sede oficinas de Iniciação Teatral, Capoeira, Núcleo de Arte e Educação, além da apresentação de espetáculos.
7 – Coordenação
7.1 – Nelson Bam Bam Júnior Nelson Bambam Júnior é pós-graduando em “Pesquisa e Ensino no Campo da Arte e da Cultura –UEMG - em curso; licenciado em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais – Escola Guignard – 2001; e formado ator pelo Curso Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais – Teatro Universitário – 1992. Desde 1999 integra a Cia. Acômica de Teatro, onde desenvolve trabalhos de pesquisa sobre o treinamento físico de atores; trabalhou durante os anos de 1995 a 1998 no Grupo Atrás do Pano; de 1989 a 1994 trabalhou com o Grupo 4 – Fernando Foi Pra São Paulo e, de 1989 a 1992 , integrou a Tropa Mineira Teatro Dança.
Como ator, Nelson Bambam Junior participou de espetáculos como “Arena de Tolos”; “Tem de Tudo Nesta Rua”; “Lusco Fusco ou Tudo Muito Romântico”; “Anjos e Abacates”; “O Balcão” , “A Máquina Infernal” e “1º de Abril” Coordenou e dirigiu o Núcleo de Investigação Teatral nas cidades de Montes Claros,:resultando na montagem do espetáculo“ Exercício N° 1 sobre Catrumano”,. Coordenou os núcleos em Juiz de Fora e Ipatinga que resultarão nos espetáculos” “75 Minutos” “Garatuja – A Primeira Escrita
Foi diretor de eventos especiais no II ,III, IV, V e VI Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte e produtor de palco da VII edição do festival. Nelson Bambam Júnior foi também diretor de produção do Estação em Movimento – 1ª E 2ª Mostra de Teatro de Grupos e integrou a CTAP- Comissão Técnica de Análises de Projetos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, como representante do Movimento Teatro de Grupos de Minas Gerais.
7.2 – Ines Linke é mestra em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG. Pós-graduada Latu Senso na Escola Guignard em Belo Horizonte (2002) e graduada em Artes Plásticas pela Universidade de Iowa (1993). Nascida em Freiburg, Alemanha, reside no Brasil desde 1997. Além de administrar diversos cursos de cenografia, foi professora de Teoria do Teatro, Caracterização e leciona no Centro de Formação Artística – CEFAR no Palácio das Artes. Desenvolveu trabalhos coletivos no contexto dos projetos Percursos (2007), Metros Quadrados (2006), Lotes Vagos: Ação Coletiva de Ocupação Urbana Experimental (2005) e da intervenção Perpendicular: Hotel Bragança (2002).
Cenógrafa e Figurinista para as peças Medeiazonamorta, Jogo de Bicho e Tabu (entre outros) e responsável pela criação do espaço cênico para as apresentações de Arriscamundo, Lúdico Circo da Memória, Os três patéticos, Sujos, Lírios, Casa das Misericórdias e Ele, o outro.
Trabalhou com teatro, cinema e artes plásticas nos Estados Unidos, México e a França antes de mudar-se para Minas Gerais.
7.3 – Cida Falabella
Cida Falabella é Licenciada em História pela UFMG e Mestre em Artes pela Escola de Belas Artes/ UFMG. Atriz e diretora teatral, foi integrante da Cia Sonho e Drama onde trabalhou como atriz em importantes espetáculos como “O Processo” e “A Metamorfose”– de Kafka, “Grande Sertão:Veredas” –de Guimarães Rosa, e “Antígona” -de B. Brecht, todos com direção de Carlos Rocha. Trabalhou como diretora e dramaturga nos espetáculos “A Casa do Girassol Vermelho”- de Murilo Rubião, “Caminho da Roça”; “Aníbal Machado, quatro, oito, sete” “O Sonho de uma Noite de Verão” – de William Shakespeare, tradução Erick Ramalho, ESTA NOITE MÃE CORAGEM, de Antonio Hildebrando; “Bodas de Sangue”- de Garcia Lorca, “A Alma Boa de Setsuan – de B. Brecht, “A Hora da Estrela” – de Clarice Lispector, “Ensaio sobre a Cegueira”- de José Saramago e “Não desperdice sua única vida” c/a Cia.Luna Lunera, entre outros. Atualmente é coordenadora do Curso de Teatro da Usina de Arte João Donato no Acre e está dirigindo a montagem de encerramento do curso, baseado em Levantado do Chão do José Saramago.
Ainda ndo
8 – Anexo
8.1 – Ficha de Inscrição
ENVIAR PARA O EMAIL: ciaacomica@uol.com.br respondendo as seguintes perguntas: Nome:
End:
Filiação Pai:
Mãe:
Telefone Fixo:
Celular:
E-mail:
Data de Nasc:
Profissão: Mini-curriculo (experiências na área teatral e/ou diversas).
Carta de Intenção (por que você gostaria de participar do núcleo).
Declaro conhecer e concordar com o Edital N° 001/2009
INFORMAÇÕES: (31) 3461-1633 OU 3481-8524

CIA ACÔMICA DE PORTAS ABERTAS PARA A COMUNICADE


Espetáculo "Arena de Tolos"


“Arena de Tolos” é um espetáculo pautado na improvisação e na inclusão do púbico no processo de construção cênico. Trata-se de uma estrutura dramatúrgica híbrida com uma parte previamente construída e outra totalmente desconhecida, para nós e para o público. Em linhas gerais, sabemos que houve uma denúncia e um crime será investigado. Isto é o que o público vai assistir - uma investigação - com tudo o que isso implica: interrogatórios, acareações, reconstituições, depoimentos de testemunhas, perícias, verdades, mentiras, revelações, etc. Não necessariamente nessa ordem e nem necessariamente com todos estes elementos no mesmo dia. Tudo irá depender do caso e de seu desdobramento, afinal o acaso é parte integrante e senhor desta obra. São principalmente os elementos casuais que irão determinar os rumos da nossa estória, pois não conhecemos a vítima, o culpado, os envolvidos, as testemunhas e sequer o crime.
Enfim, o espetáculo é um jogo de aventuras, onde a imaginação criativa do artista e do público provoca uma intensa produção de adrenalina do início ao fim do espetáculo, o que nos levou a utilizarmos a metáfora de uma arena de touros. Um verdadeiro desafio e muitas vezes sangrento. Mas na “Arena de Tolos” o medo dá lugar ao riso e ao final só há vencedores.
“Arena de Tolos” inaugura em Minas Gerais um gênero que surgiu no Canadá na década de 60 e vem se disseminando pelo mundo. Trata-se de um teatro centrado na criação ao vivo da cena através da improvisação dos atores. No espetáculo, a arte de criar cenas é exposta como um desafio diante dos olhos do espectador.

Ficha Técnica:
Direção: Rodrigo Campos.
Criadores: Cláudio Márcio, Fábio Furtado, Jória Lima, Luiz Lerro, Rodrigo Campos,
Elenco: Cláudio Márcio, Cristiano Peixoto e Fábio Furtado.
Assistente de direção em cena: Nélson Bambam Jr.
Cenário e figurino: Ana Gastelois.
Trilha Sonora: Marcelo Augusto

Nucleo de Investigação Teatral em Montes Claros - Exercício nº 1 sobre Catrumano


Em Montes Claros o núcleo de investigação teatral “O treinamento físico do ator como base para construção da personagem e como suporte para a realização do espetáculo cênico” para atores, bailarinos, estudantes de arte e interessados na área de artes cênicas.
O núcleo é uma das principais ações da Rede TEIA, visando à formação e aperfeiçoamento de profissionais ligados às artes, resultando em uma montagem ao final do processo. O trabalho é desenvolvido pela Cia Acômica em parceria com Glicério Rosário Dramaturgo e Diretor de Belo Horizonte e Leonardo Alves diretor local convidado e professor da Unimontes. Tendo como pedagogia norteadora a junção da prática com a ação formativa, perpassando por todas as fases de construção de um espetáculo teatral.

Além da participação efetiva dos integrantes da Cia Acômica, do Dramaturgo e do diretor local convidado, o núcleo agregou ainda outros profissionais que integram o processo de criação com a oferta das Oficinas de Cenário e Figurino com Ana Gastelois, graduada pela Escola de Belas Artes da UFMG e Iluminação e Cenotecnia com Felipe Cosse, Coordenador Técnico do Galpão Cine Horto e dos Espaços alternativos do FIT-BH/2008.

Durante todo o processo foi aplicada a metodologia de trabalho desenvolvida pela Cia Acômica, com base nas técnicas teatrais de Mímica Corporal Dramática de Etienne Decroux, princípios da Biomecânica de Meyerhold, Teatro-Dança e Capoeira Angola. O núcleo, totalmente gratuito, tem duração de seis meses.
O Resultado do núcleo pôde ser conferido na Casa do Tambor,sempre às 19h30 do dia 17 a 28 de setembro.


O Processo:
Durante 06 meses, dez alunos participaram de todo o processo de construção de um espetáculo teatral. Os integrantes juntamente com o Dramaturgo,os Oficineiros e Cia Acômica,contaram o que viveram e ouviram e o mote proposto por eles é a ideologia da mineiridade, identificar o lugar ocupado pelo Norte de Minas, a construção de uma identidade,há diferença entre Baianeiros e Mineiros? Estar num lugar distinto, as várias relações,sociais,raciais e religiosas, os desejos, os anseios, a exclusão. Todas essas questões desenham figuras e personagens que contam a história e a cultura do Norte de Minas. Um diagnóstico do ser Catrumano.

Coordenação e supervisão de Criação: Cia Acômica – Cláudio Márcio e Nelson BamBam
Oficinas de Acompanhamento:
Dramaturgia: Glicério Rosário
Cenário e Figurino: Ana Lana Gastelois
Iluminação e Cenotecnia: Felipe Cosse
Pesquisadores-Atores: Ana Flávia Amaral, Antonella Gomes Sarmento, Gabryel Sanches,Leonardo Alves,Soraia Santos, Tassiane Dias Figueiró e Tatiana Teles.
Produção: Vinícius Menezes
Assistente de Produção: Ana Flávia Amaral

Em Juiz de Fora - Núcleo de Investigação Teatral

No período de 07 de Abril a 12 de maio de 2008, iniciou-se a mobilização em Juiz de Fora, promoveram-se contatos e parcerias com os principais focos mobilizadores da cidade. A partir do dia 13 de agosto, iniciou-se O Núcleo de Investigação Teatral com “O treinamento físico do ator como base para construção da personagem”. O Núcleo, destinado a atores, bailarinos, educadores, arquitetos, estudantes de artes e letras, é desenvolvido em parceria com Luciana Fins, diretora local convidada e membro da Cia 3meia9.
O Núcleo conta com o suporte efetivo da Cia Acômica, além das oficinas de acompanhamento nas áreas de Dramaturgia orientada por Glicério Rosário; Cenário e Figurinos com Inês Linke e Cenotecnia e Iluminação com Felipe Cosse.
Semelhante a uma escola livre de teatro, o processo de criação do Núcleo tem duração de seis meses e utilliza técnicas de manipulação e criação de bonecos, teatro de formas animadas, pantomima, e mímica. O Núcleo propõe a criação de um espetáculo a partir de histórias orais regionais e músicas tradicionais, transformando-as em texto dramatúrgico, tendo a musicalidade como centro do jogo cênico. O resultado é uma montagem final que tem como mote “75 Minutos”.

Durante seis meses vários artistas se reuniram para entre outras atividades trocar experiências teatrais como forma de se aprimorar. Através do ambiente proporcionado surgiu a ligação do Núcleo de Dramaturgia que, colocando em prática técnicas utilizadas e improvisos fez com que surgissem os personagens e os fragmentos deste trabalho formulando a história “75 minutos”. Esta fascinante história faz com que os personagens são levados a uma vila através de panfletos. Cada personagem tem em mente buscar este tão desejado espaço.
O local já possui alguns moradores e os que acabam de chegar tentam ocupar seu espaço. “75 minutos” faz o público interagir sendo um grande diferencial deste trabalho a arquibancada permanecer ao meio deste local.

Espetáculo "Anjos e Abacates"


O espetáculo “Anjos e Abacates” é um musical infanto-juvenil para todas as idades. Ganhador do prêmio Coca-Cola de Estímulo para Montagens, em São Paulo em 1999, a história se passa no fundo de um quintal, no interior de Minas Gerais, onde o garoto Turquinho e os gêmeos Marco Aurélio e Marco Antônio se apaixonam por Caixeta, a filha de uma lavadeira, que sonha em ser cantora de rádio. A trama tem início quando Turquinho adormece lendo “A Bonequinha Preta”, de Alaíde Lisboa, e ao acordar, dá de cara com a menina Caixeta, por quem se apaixona imediatamente. Turquinho acredita que Caixeta é a personagem de “A Bonequinha Preta”, que saiu das páginas do livro e criou vida. Como se não bastasse, os gêmeos ainda participam dessa ciranda amorosa, para desalento do nosso herói.

Ficha Técnica:
Autor: Eid Ribeiro
Direção, Cenário e Figurino: Kalluh Araújo
Elenco: Fábio Furtado, Herbert Tadeu, Nélson Bambam Jr. e Simone Sales
Assistência de Direção e Preparação Corporal: Fábio Furtado
Bonecos: Giramundo
Boneca da Caixeta: Vanessa Campos
Manipulação de Bonecos: Cláudio Lima
Trilha Sonora: Maurílio Rocha e Carlos Laudares
Maquiagem: Mona Magalhães

Espetáculo "Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico"

O espetáculo “Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico” retrata uma família brasileira de periferia, vítima da miséria social e moral, condenada a sobreviver e marginalizar-se conforme as regras do jogo. A tragicomédia, inventada no infeliz, empresta lirismo à denuncia social que se propõe fazer. “Lusco-Fusco” é a recriação da história mítica e arquétipica de Caim e Abel, transportada da Bíblia para uma família contemporânea brasileira. O filho travesti, Jonilde, divide um barraco com o irmão evangélico, Abel, junto com o pai alcoólatra, viciado em filmes pornográficos, a mãe submissa e o filho autista. Esses elementos condicionam um convívio impossível, que terá um desfecho trágico.
“Lusco-Fusco” aborda o triunfo do realismo cínico e seus efeitos corrosivos que acabam por produzir um embotamento no homem contemporâneo, que passa a olhar o mundo como ele é, se abstendo de um juízo moral e conseqüentemente abdicando de um posicionamento ético frente à realidade.

Ficha Técnica:
Autores: Eid Ribeiro e Marcus Tafuri
Direção: Eid Ribeiro
Preparação Corporal: Fábio Furtado
Elenco: Cláudio Márcio, Fábio Furtado, Nélson Bambam Jr, Herbert Tadeu e Silvana Stein.
Cenografia: Eri Gomes
Figurino: Luiz Otávio Brandão
Trilha Sonora: Eid Ribeiro e Juan Cristóbal



A Cia Acômica

A Cia. Acômica, fundada em 1995, é um núcleo de pesquisa teatral que busca potencializar o processo criativo do ator. Somos engajados à experimentação da representação teatral, portanto nos interessa, sobretudo, a criação da poética dos espetáculos. Não percebermos o ator como mero executador, mas como co-autor, elemento articulador e essencial, construtor da poética cênica.
É nosso objetivo, através de nossas encenações, discutir o próprio sentido da representação. Acreditamos que o teatro é, essencialmente, uma atividade ética, na medida que apresenta uma visão do mundo e propõe ao espectador um dever-ser, um jogo de posicionamento frente à realidade.
A Cia. Acômica é composta por profissionais formados pelo Teatro Universitário da UFMG e seu primeiro trabalho resultou no espetáculo "As Criadas", texto de autoria de Jean Genet, sob direção de Raquel de Albergaria. A montagem obteve êxito junto ao público e à crítica especializada, sendo inclusive premiado no Estado de São Paulo.